Fui confundido com o traficante

Eu cheguei a ter cabelo grande quando era adolescente. Ainda morava no Rio de Janeiro. Mas não era um cabelo gigante, era algo na altura do ombro.

Só que um dia eu fui visitar um amigo e, quando eu passava na frente de uma boca de fumo, comecei a ouvir uma cara a chamar uma pessoa pelo nome. E ele não parava de chamar. Como não era o meu nome, nem olhei. Continuei andando. Mas teve uma hora que esse cara gritou novamente, só que, ao invés de gritar o nome, ele descreveu a minha roupa. Foi aí que eu olhei. Quando ele olhou pra mim, viu que eu não era quem ele tava chamando.

Assim que cheguei na casa do meu amigo, disse pra ele o que tinha acontecido e nome que o cara tava chamando. E meu amigo disse que eu fui confundido com o traficante da área! Quando saí da casa do meu amigo, fui logo cortar o cabelo! Pensei que se o amigo do traficante me confundiu com ele, imagine se fosse a polícia!!!

Lá em 1ª Tessalonicenses 5:22 diz o seguinte:

- Fuja de toda aparência do mal.

Analisando esse versículo, fico pensando o seguinte:

Quantas vezes confundem a gente por pessoas que são presas ao pecado? Será que você tem sido convidado para estar se assentando na roda dos escarnecedores? Será que esses convites surgem por que eles olham para você e vêem que você não teria problema em aceitar um convite desses?

Não quero dizer que seja errado você ter contato com pessoas que (ainda) são presas ao pecado. Não mesmo! Muito pelo contrário! Sem esse contato não existe razão para o cristianismo. O problema é fazer o que eles fazem!

O que você tem feito, o que você tem ouvido e/ou o que você tem falado que fazem as pessoas acharem o pecado seja algo normal na sua vida? Eles enxergam você sendo mais um deles?

- Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. (Mateus 10:16)

Se eles te confundem como uma pessoa que faz as mesmas coisas que eles fazem, pense bem a respeito de onde você quer chegar com isso! É entre você e Deus!

Comentários

jselio disse…
Eu também fui confundido certa vez. No Quartel onde eu servia, havia um cidadão bem parecido comigo. Só que ele tinha uma mancha escura no rosto, que lhe valia o apelido de "Mancha". Certo dia, enquanto esperava um ônibus, alguém se aproximou e deu-me belo tapa nas costas, e disse: Fala Mancha. Assustado, voltei-me para o agressor, pronto para o revide. Aí, ele disse: Desculpa aí. Eu pensei que fosse o meu amigo Mancha.
Ainda bem que, embora tendo levado o tapa, eu não tinha nenhuma mancha. O problema é quando o mundo nos golpeia por apresentarmos manchas em nossa vida como disse o apóstolo Pedro (1 Pedro 4.14-16).